Canto Daqui
Foto: divulgação |
Matalanamão:
o escracho do punk rock
Formada
em 1993, como mera brincadeira, num momento entusiasta da efervescência musical
do bairro Alto José do Pinho, a banda Matalanamão
tem raiz na vertente mais anárquica do punk
rock. Composta por Adilson Ronrona (vocal), Léo Wagner (guitarra), Léo
Madeira (baixo) e Ailton Peste (bateria), ficou conhecida por fazer paródias
cheias de conteúdos atuais e sarcasmo que garantiam a diversão em diversas
festas.
“Já nos conhecíamos. Todo mundo morava no Alto José
do Pinho... Vizinhos de rua, frequentávamos os shows underground, as festas punk, aniversários e casamentos malucos. Tudo era apenas uma brincadeira, que foi
crescendo e crescendo e me absorvendo...”, lembra, entre risos,
Ailton Peste. Essa ideia despretensiosa que parecia apenas um passatempo de
adolescentes foi tomando forma e conquistando fãs. De repente, lá se foram 21
anos de carreira.
Influenciados
musicalmente por grupos que marcaram o rock
brasileiro dos anos 1980 como Os Replicantes, Camisa de Vênus, Garotos Podres,
Cólera, e dos anos 1990 como Ira, Legião Urbana e Nenhum de Nós, os quatro
rapazes estão sempre ligados a tudo que diz respeito ao ritmo. “Temos influências que vão do punk
rock ao pop rock, passando pelo
metal e chegando ao psicodélico”, diz Ailton. “Também gostamos de ouvir Dead Kennedys, The Clash, Ramones, The Smiths e Joy Division, entre
outras”, completa Leo Wagner.
Foi cantando com sarcasmo as aventuras
afetivas e sexuais dos jovens das periferias que o Matalanamão foi despertando a curiosidade e ointeresse do público.
Até mesmo o nome da banda surgiu de uma situação engraçada envolvendo a
excitação. “O grupo estava no comecinho e ainda não tinha nome. Num certo dia, uma bela garota surgiu próximo aos rapazes e Dinho (primeiro
guitarrista) proferiu as palavras: Hoje vou matá-la na mão! Os caras sacaram a
ideia e gostaram da palavra, pois tinha tudo a ver com as composições. Matalanamão é uma gíria utilizada para
designar o ato da masturbação”, explica Leo.
O baterista
e letrista da banda, Ailton, conta que qualquer situação pode virar tema de
composição. Segundo ele, os hits do grupo vêm “das anomalias da vida e seu
cotidiano louco. Somos uma banda punk
libertária, anarquista, pornô punk, apelidados de anjos pornográficos”. É
esse o viés mais marcante do grupo, que além dos CDs e EPs já lançados e
incontáveis shows, produzem também os clipes de algumas de suas músicas.
O segredo para
continuarem tão ativos é sair em busca dos espaços para aparecer, afirma Leo
Wagner. “Hoje em dia o cenário anda mais difícil para o tipo de som que
fazemos, por isso procuramos ficar na independência e não esperar muito para
tocar em Festivais. Precisamos manter viva a nossa música, manter os fãs
atrelados ao nosso som e atrair novos admiradores. Para isso, tocamos em
eventos de amigos, festas, bares ou fazemos nosso próprio show. Quando somos
convidados, tocamos nos Festivais de órgãos públicos também. O lance é não
ficar parado, sempre estamos ensaiando, compondo, tocando. Para divulgar nossa
música, utilizamos bastante a internet junto com as redes sociais, nos dias
atuais quase ninguém compra CD, portanto fica mais prático e barato lançar on-line”, comenta.
Foto:Ursula Freire |
Além do disco, o Matalanamão prepara para o público
também a gravação de um novo clipe com a participação de Mara e de alguns dos
fãs mais antigos do grupo.
Contato:
Sheila
Pereira – 8764 6268
matalanamão@gmail.com
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