O mundo pós-moderno da Club Noir

Foto: Roberta Menezes 
Por Erika Fraga

Já se foi o tempo em que a moda pernambucana se destacava pelo uso de bicos, chitas e bordados. A mulher pernambucana mudou, ela não se veste mais como antes, tornou-se exigente e quer sempre estar atualizada com os conceitos do mundo. Pensando nesse púbico mais detalhista, a designer de moda Flávia Azevedo criou a Club Noir, com o DNA nordestino, mas com o pensamento global. Nesse trabalho, ela consegue dar uma cara contemporânea nas roupas que podem ser usadas em qualquer lugar do mundo.


Foto: Renato Filho - Coleção Pixel
A característica principal da Club Noir e o uso do preto, escolha essa que é reflexo do gosto pessoal da designer. Podemos observar em todas as peças elegância, qualidade e identidade. “Nossas roupas são elaboradas para serem usadas em várias situações, temos peças curingas que são dupla face, pensada para aquela mulher que vai a um happy hour após o trabalho, por exemplo”, comenta. Lá encontramos desde peças básicas às mais sofisticadas, a parte de acessórios também é de encher a vista. Segundo Flávia, com paciência eles conseguem atender aos gostos dos clientes. “Se ela gostou de um vestido, mas o tamanho não ficou bom, mandamos fazer um com as medidas dela e pelo mesmo preço. Nossa proposta é satisfazer o nosso cliente, ele faz parte do nosso designer, sempre digo que roupa tem em todo lugar, então temos que buscar o diferencial para nos destacar”, revela.

Com a ajuda do marido e sócio, Eduardo, Flávia conseguiu amadurecer o estilo da grife. As primeiras coleções, criadas em 2008, foram elaboradas exclusivamente na cor preta. A partir do segundo verão, na coleção Metamorfose, eles começaram a apostar em outras cores, inicialmente com o cinza e o laranja. “Atualmente temos todas as cores em nossa cartela, mas com toda certeza somos uma loja que damos ênfase ao preto. Pois é justamente o nosso preto que representa contemporaneidade, sofisticação e elegância, isso traduz o nosso amadurecimento,” diz Eduardo.

Foto: Renato Filho - Coleção Pixel
Recentemente, no verão 2014, com a coleção Pixel, a marca alcançou um sucesso inesperado, dessa vez explorou bem a cartela de cores provando que também sabe trabalhar com estampas. A principal inspiração para essa coleção veio dos pixels do universo virtual. “A Pixel foi uma verdadeira febre, graças a ela recebemos o convite para participar do projeto Estação do Amostramento, realizado pela Prefeitura do Recife durante o Carnaval”, detalha Eduardo.

Neste ano, eles irão elaborar uma nova coleção a cada dois meses. Em janeiro fizeram o Carnaval, em março o inverno, em maio a Páscoa, em julho o verão, em setembro autoverão e em novembro uma linha só com roupas de festa. A quantidade de modelos varia de acordo com as coleções, no inverno, por exemplo, são 20 modelos, já para o verão são elaborados 50 modelos, as demais coleções são compostas por capsulas que vão de 7 a 10 modelos.

Intitulada de Natura, a atual coleção lançada no mês passado explora muito bem os elementos da natureza. As estampas representam rachadura, pôr do sol, flores e galhos. Para ela foram selecionadas as modelagens preferidas dos clientes. Por causa do nosso clima, a opção foi usar tecidos de verão com estampa de inverno. A marca apostou também em tecidos tecnológicos, que não amassa, não precisa passar ferro. Para elaborar as peças, Flávia teve que estudar muitos elementos como frutas, flores, solos e rochas, levantando a bandeira da preocupação com o aquecimento global. Esse é o terceiro trabalho que eles elaboram dentro desse tema, os outros foram Acqua, no verão de 2013, e o Esquecimento Global, no verão de 2011.
Foto: Roberta Menezes


Club Noir
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3034 1923

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