Circo: Jaqueline Trindade

Por Gianfrancesco Mello
Fotos: Divulgação

Jaqueline Trindade

Aos sete anos de idade, ela começou a praticar a arte circense com Madre Escobar no Centro Educativo de Comunicação Social do Nordeste (Cecosne) e acompanhou o grupo Oioioi. Depois, o Cecosne passou a se chamar Arraial Intercultural de Circo do Recife (Arricirco). Aos 12 anos, Jaqueline Trindade foi parar na Escola Municipal de Artes João Pernambuco, na Várzea, local onde permaneceu por três anos. Foi lá que a artista buscou envolver o circo com outras modalidades como, por exemplo, a dança.

“Depois que eu saí da Escola Municipal de Artes João Pernambuco, fiquei nove anos na Escola Pernambucana de Circo e desenvolvi toda a minha formação de circo. Em 2010, afastei-me da escola e em junho do ano passado, voltei para o Arricirco e comecei a desenvolver o trabalho de arte-educadora com crianças e adolescentes”, explica. O Arraial Intercultural de Circo do Recife utiliza as artes circenses como instrumento alternativo para educar e resgatar a cidadania de adolescentes nas comunidades de Roda de Fogo e Várzea ou para qualquer pessoa que tenha interesse.


Segundo Trindade, no Arricirco, ela leciona acrobacias aéreas e trapézio, além de outras modalidades circenses. “Lá, eu trabalho com artesanato e dança, mas sempre envolvendo o lúdico da arte circense. Eu também faço parte da Cia Brincantes de Circo, de Boris Trindade, na qual treino e participo de diversos espetáculos.”

Para Jaqueline Trindade, o que mais a atrai na profissão são o glamour e as técnicas desenvolvidas. “Eu sempre gostei muito de fazer esses trabalhos de acrobacias aéreas pela beleza que eles transmitem. O meu trabalho de circo aéreo começou a ser mais desenvolvido na Escola Pernambucana de Circo por causa das pesquisas que desenvolvíamos”, completa.

A artista circense ainda encontra fôlego para trabalhar com a Trupe Etnia, formada por Cleiton Orman, Ivo Amaral, Michel Gomes e por ela. “No momento, cada um da equipe está fazendo um projeto isolado, mas de vez em quando nos encontramos e participamos de algum evento. O mais natural sou eu e Michel Gomes fazermos apresentações em dupla de pirofagia ou apresentações aéreas, pois somos casados”, frisa.

Jaqueline sempre sobreviveu com o dinheiro que ganha dos seus projetos circenses e atualmente se tornou um exemplo de que é possível vencer na vida pelo talento e pelo esforço pessoal, trabalhando no que se ama. “Quem vive de arte, sabe que é uma coisa muito difícil. Com o circo, eu consigo enfrentar muitos obstáculos e sei exatamente para onde eu poderia ir se não tivesse conhecido a arte circense. O circo me ajudou a trilhar por caminhos mais coloridos e bonitos.”

Jaqueline Trindade e Michel Gomes
Contatos:
8733 2531 (Jaqueline Trindade)
8777 6320 (Michel Gomes) 

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